Resumo
Ogundana, o Alabê de Jerusalém, de Altayr VelosoOgundana, the Alabe of Jerusalem, by Altayr VelosoSandra Aparecida Gurgel Vergne1Resumo: O presente texto visa uma análise da obra de Altay Veloso, o livro Ogundana, O Alabê de Jerusalém. Este livro apresenta a história de Ogundana, passada há dois mil anos atrás. A história conta sua saga existencial, através dos diversos territórios de África, até che-gar a Israel durante a ocupação Romano. Ali conhece Judite, que se tornaria o grande amor de sua vida. Através deste encontro também é apresentado a Jesus Cristo. A vida de Cristo então é contada através das lentes deste africano, que aponta semelhanças entre Jesus e pessoas pró-ximas, com as figuras que encontrara no panteão de orixás de origem ioruba. Com esta obra Altay Veloso escreve uma obra de rara sensibilidade humana e religiosa. Palavras-chaves: Altay Veloso; Ogundana;Alabê de Jerusalém; Jesus Cristo; orixás.
Leia na integra.
https://ciberteologia.com.br/assets/pdf/post/ogundana-o-alabe-de-jerusalem-de-altayr-veloso.pdf
Mãe De Judas Altay Veloso
“E a noite tava bonita, o céu cheinho de estrela
nenhuma palavra escrita poderia descrevê-la
uma emoção tão rara acontecia naquele instante
nada tão impressionante nada em minha vida tão intenso
que de repente um silencio
os olhos de todo mundo se voltou naquela hora na direção
de uma senhora que quase ninguém conhecia
ela trazia na face uma profunda tristeza
pediu licença e com tamanha de delicadeza se dirigiu a maria”
Desculpe de eu chegar aqui agora
sou intrusa pecadora isso eu sei
eu vim em busca de uma tal senhora
que meu filho me dizia que era mãe de um rei
eu disse pro meu filho: traga ele em nossa casa, filho
nada nem ninguém engana o coração de mãe
eu posso até dizer se segues algum homem errado
ou se você deve seguir seu coração
meu filho não ouvia as coisas que eu dizia
me acariciava os cabelos e beijava a minha mão
e hoje terminaram os seus dias, meu Deus quanta solidão
eu, eu sou a mãe de Judas meu coração ta sangrando
pois foi embora meu rouxinol, meu rebento
e ele foi infeliz numa rajada de vento, numa chama sem luz
eu vim aqui, vim pra te conhecer Maria
- Ah Maria você é a mãe do melhor amigo do meu filho
Judas me falou de ti como quem fala de um grande abrigo
você também perdeu sua flor então sabe de mim
me abrace, me toque e me de sua mão
Maria hoje eu preciso do seu abrigo
perdoe-me a cancão que é tão triste
“Não chora não, chora não, mulher
deixa que de Deus vai dar jeito
nosso filhos não tem defeito
ainda mais quando lembramos daquela coisinha pequenininha mamando no peito
como é que a gente iria imaginar
que eles estavam sujeitos ao malfeitos e maldades do mundo?
Olha mulher, foram quase três anos que nossos filhos ficaram
juntinhos quase todos os dias
e ai o coração dessa velha Maria as vezes quase parava
as vezes quase explodia só de ouvir as más línguas dizendo
que mais dia menos dia iriam pegar os nossos meninos
será que os nossos meninos sabiam, mulher?
e porque é que o seu filho iria trair com um beijo alguém que
brilhava como um relampejo e todo mundo via, todo mundo via
até o forasteiro sabia o que meu menino Jesus fazia
olha, mulher não chora, não chora
eu vou te lembrar agora aquela poesia linda do nosso vizinho
- nossos filhos não são nossos filho
são filhos da ânsia da vida
vem por nos, mas não nos pertencem
podemos ate abrigar seus corpos
mas não as suas almas
nos somos o arco na mão do grande arqueiro
sejamos bons arcos, mulher é o bastante
a vida não sabe andar pra trás
e olha, confiai seu filho as ondas assim como eu confiei o meu”
nenhuma palavra escrita poderia descrevê-la
uma emoção tão rara acontecia naquele instante
nada tão impressionante nada em minha vida tão intenso
que de repente um silencio
os olhos de todo mundo se voltou naquela hora na direção
de uma senhora que quase ninguém conhecia
ela trazia na face uma profunda tristeza
pediu licença e com tamanha de delicadeza se dirigiu a maria”
Desculpe de eu chegar aqui agora
sou intrusa pecadora isso eu sei
eu vim em busca de uma tal senhora
que meu filho me dizia que era mãe de um rei
eu disse pro meu filho: traga ele em nossa casa, filho
nada nem ninguém engana o coração de mãe
eu posso até dizer se segues algum homem errado
ou se você deve seguir seu coração
meu filho não ouvia as coisas que eu dizia
me acariciava os cabelos e beijava a minha mão
e hoje terminaram os seus dias, meu Deus quanta solidão
eu, eu sou a mãe de Judas meu coração ta sangrando
pois foi embora meu rouxinol, meu rebento
e ele foi infeliz numa rajada de vento, numa chama sem luz
eu vim aqui, vim pra te conhecer Maria
- Ah Maria você é a mãe do melhor amigo do meu filho
Judas me falou de ti como quem fala de um grande abrigo
você também perdeu sua flor então sabe de mim
me abrace, me toque e me de sua mão
Maria hoje eu preciso do seu abrigo
perdoe-me a cancão que é tão triste
“Não chora não, chora não, mulher
deixa que de Deus vai dar jeito
nosso filhos não tem defeito
ainda mais quando lembramos daquela coisinha pequenininha mamando no peito
como é que a gente iria imaginar
que eles estavam sujeitos ao malfeitos e maldades do mundo?
Olha mulher, foram quase três anos que nossos filhos ficaram
juntinhos quase todos os dias
e ai o coração dessa velha Maria as vezes quase parava
as vezes quase explodia só de ouvir as más línguas dizendo
que mais dia menos dia iriam pegar os nossos meninos
será que os nossos meninos sabiam, mulher?
e porque é que o seu filho iria trair com um beijo alguém que
brilhava como um relampejo e todo mundo via, todo mundo via
até o forasteiro sabia o que meu menino Jesus fazia
olha, mulher não chora, não chora
eu vou te lembrar agora aquela poesia linda do nosso vizinho
- nossos filhos não são nossos filho
são filhos da ânsia da vida
vem por nos, mas não nos pertencem
podemos ate abrigar seus corpos
mas não as suas almas
nos somos o arco na mão do grande arqueiro
sejamos bons arcos, mulher é o bastante
a vida não sabe andar pra trás
e olha, confiai seu filho as ondas assim como eu confiei o meu”
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