Sou professora em uma escola de educação especial, Centro
Municipal de Atendimento Especializado e como todos que trabalham nesta
área, sou muito preocupada com a questão da inclusão, pois vejo o
despreparo e a falta de interesse de muitos profissionais em se
capacitar para dar aos alunos incluídos uma educação de qualidade. O
relato que farei é sobre um aluno surdo que foi incluído em processo de
construção e estruturação da linguagem. Ele ainda não aceitava a LIBRAS
(Língua Brasileira de Sinais) como sua língua materna. Fiquei preocupada
porque vi muitos surdos, que foram meus alunos, que já eram fluentes na
língua de sinais e que estavam preparados para a inclusão se
desestimularem, por causa da falta de respeito de profissionais com a
sua deficiência e com a língua que têm por direito usá-la. Mas este
aluno teve a sorte de ser incluído em uma escola que busca a qualidade
no ensino, conta com uma diretora que busca e se preocupa com a
preparação e capacitação de seus funcionários. E a professora deste
aluno está sempre se atualizando e querendo o melhor de seus alunos.
Assim que este aluno entrou na escola, a diretora já nos procurou para
saber o que poderia fazer para que ele continuasse seu processo de
aprendizagem. E quão grande foi minha surpresa quando me convidaram para
acompanhar e orientar a professora que o havia recebido em sua sala.
Ele continuou frequentando o CEMAE para que pudesse reforçar o trabalho
de desenvolvimento da linguagem.
Na escola ele participa de educação física, informática, aula de artes, música, disciplinas estas que são parte diversificada, em contraturno, para todos os alunos. A adaptação inicial foi difícil, pois ele queria falar, como todos os outros, tinha vergonha de usar sinais para se comunicar. Então, foi feito um trabalho com toda a sala para aprenderem a LIBRAS, junto com ele. A partir disso, ele percebeu que precisava da língua para compreender e aprender tudo que estava à sua volta. Começou a perceber que todos estavam interessados e queriam incluí-lo nas conversas, nas brincadeiras, durante a aula. Hoje ele aceita muito bem a língua de sinais, está em processo de alfabetização e como todas as outras crianças tem seus amigos e seus momentos de brigas. Tudo isso aconteceu graças ao interesse e empenho da diretora e da professora, que sabem que para a inclusão existir precisa ter um trabalho de equipe e que não pode se acomodar esperando as soluções caírem do céu.
https://www.diversa.org.br/relatos-de-experiencia/celia-oliveira-cristo/https://www.diversa.org.br/relatos-de-experiencia/celia-oliveira-cristo/
Na escola ele participa de educação física, informática, aula de artes, música, disciplinas estas que são parte diversificada, em contraturno, para todos os alunos. A adaptação inicial foi difícil, pois ele queria falar, como todos os outros, tinha vergonha de usar sinais para se comunicar. Então, foi feito um trabalho com toda a sala para aprenderem a LIBRAS, junto com ele. A partir disso, ele percebeu que precisava da língua para compreender e aprender tudo que estava à sua volta. Começou a perceber que todos estavam interessados e queriam incluí-lo nas conversas, nas brincadeiras, durante a aula. Hoje ele aceita muito bem a língua de sinais, está em processo de alfabetização e como todas as outras crianças tem seus amigos e seus momentos de brigas. Tudo isso aconteceu graças ao interesse e empenho da diretora e da professora, que sabem que para a inclusão existir precisa ter um trabalho de equipe e que não pode se acomodar esperando as soluções caírem do céu.
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