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Ogundana, o Alabê de Jerusalém, de Altayr Veloso
Resumo: O presente texto visa uma análise da obra de Altay Veloso, o livro Ogundana, O Alabê de Jerusalém. Este livro apresenta a história de Ogundana, passada há dois mil anos atrás. A história conta sua saga existencial, através dos diversos territórios de África, até chegar a Israel durante a ocupação Romano. Ali conhece Judite, que se tornaria o grande amor de sua vida. Através deste encontro também é apresentado a Jesus Cristo. A vida de Cristo então é contada através das lentes deste africano, que aponta semelhanças entre Jesus e pessoas próximas, com as figuras que encontrara no panteão de orixás de origem ioruba. Com esta obra Altay Veloso escreve uma obra de rara sensibilidade humana e religiosa.https://ciberteologia.com.br/post/notas/ogundana-o-alabe-de-jerusalem-de-altayr-velosohttp://periodicos.est.edu.br/index.php
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA -Sandra Aparecida Gurgel Vergne
Corpos negros nas esquinas: religião e necropolítica na cidade maravilho
Nas margens da hegemonia de discursos de demonização da religião
afro-brasileiras, deixa-se de lado a imagem, hoje perigosa e
transgressora, da possibilidade de pensar em um Cristo Negro, como na
pedagogia libertária, no sentido Freireano. A busca de estratégias para
produzir fissuras no plano de negação do ser negro é constante.
Para
compreensão deste processo de resistência e combate a opressão, faço um
percurso através de BENJAMIN, MBEMBE e FANON, dentre outras (os)
autoras (es) pós-coloniais,
mas também se faz necessário
trazer os referenciais teóricos da Ciência da Religião, para a uma mais
ampla compreensão da tessitura que leve a compreensão do campo que
enreda a religião e a política.
As tramas das
narrativas de eliminação do que é considerado demoníaco atravessam áreas
do poder, da política e da economia, no estabelecimento de práticas
segregativas, de violência permitida nos territórios de favelas e
regiões de periferia demarcada pela cor da pele, no cenário
contraditório do Estado do Rio de Janeiro. Podemos observar o reemergir
hoje de uma ideologia colonial, provocado pelo deslocamento para a
superfície o que estava submerso, mas nunca ausente, no pensamento
social. Nosso passado escravista e punitivo através do chicote e do
abuso, se necessário até a morte, ainda não foi superado. O lugar
conceitual da geografia corpórea desenhada no trânsito Atlântico entre
África e Brasil, se perpetua na desumanização do corpo negro como carne
barata a ser descartada.
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