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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Filósofo Renato Noguera fala a África como berço da filosofia

enato Noguera nasceu no Rio de Janeiro em 1972. Residente em Duque de Caxias é Professor de Filosofia do Departamento de Educação e Sociedade, do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atua como Pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (LEAFRO) e do Laboratório Práxis Filosófica de Análise e Produção de Recursos Didáticos e Paradidáticos para o Ensino de Filosofia da UFRRJ. Possui doutorado, mestrado e graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Suas investigações se concentram em: Ensino de Filosofia e os conteúdos obrigatórios de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; Ética, Política e Subjetividade, tratando especificamente de racismo, biopoder, devir negro e diferença, nas filosofias de Foucault e Deleuze; e Literatura, Musicalização e Relações Étnico-raciais na Educação Infantil e do 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental. Coordenou projetos como o “Agenda Utoto: diversidade étnico-racial, consumo infantojuvenil, subjetividades e novas demandas” (2011); “Do corpo escravizado ao corpo desejado: uma abordagem filosófica sobre negritude e sexualidade” (2010); “Entre a compaixão e o imperativo categórico: a crítica da filosofia de Schopenhauer à ética kantiana” (2012); “Ensino de Filosofia e a Lei 10639: a presença da história e da cultura afro-brasileira e africana na formação docente,no livro didático e na sala de aula” (2014); “Afroperspectivas Filosóficas para a sala de aula: possibilidades para o Ensino de Filosofia contemplar as Leis 10.639/03 e 11645/08 na Formação Docente, no Livro Didático e no Ensino Médio” (2014); “Filosofando com sotaques africanos e indígenas” (atual).
Em meados dos anos 1990, participou de oficinas de criação literária com João Gilberto Noll e Maria da Graça Cretton, e nutriu por anos o interesse em realizar alguma incursão pela escrita ficcional. Foi então que começou a investir em estudos sobre infância e surgiu o desejo de adentrar no universo da literatura infantil. Tal direcionamento, além das reflexões sempre articuladas às exigências legais de inclusão de conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana, resultou na coleção Nana & Nilo, personagens que atuam ao lado da árvore mentora, Mulemba, e do passarinho escudeiro Gino. Com eles, os protagonistas viajam no tempo e no espaço, em busca de informações e explicações para dificuldades vividas no presente. E encontram de forma lúdica um vasto repertório de saberes africanos das mais diversas regiões, que não só os aproximam de hábitos, brincadeiras e tradições também presentes do lado de cá do Atlântico Negro, como inscrevem as diferentes formações étnicas africanas como locais de cultura.


PUBLICAÇÕES
Ficção
Nana & Nilo: aprendendo a dividir. Rio de Janeiro: Hexis, 2012. (infantil).
Nana & Nilo: que jogo é esse? Rio de Janeiro: Hexis, 2012. (infantil).
Não ficção
O Fundamento da Moral: Schopenhauer crítico de Kant. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, 2000.
O Mundo como Espetáculo Estético: relações entre arte, verdade e liberdade na filosofia de Schopenhauer. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
Aprendendo a ensinar: uma introdução aos fundamentos filosóficos da educação. Curitiba: Editora Curitiba: 2009.
Relações étnico-raciais e educação: contextos, práticas e pesquisas. (Co-organização). Rio de Janeiro: Nau e Edur, 2013.
Era uma vez no Egito. Porto Alegre: Evangraf, 2013. v. 1000.
O Samba e a filosofia. (Co-organização). Curitiba: Primas, 2014.
O Ensino de filosofia e a Lei 10639. Rio de Janeiro: Pallas: Biblioteca Nacional, 2014.
Artigos em Periódicos
Crítica à Ética de Kant. In: Anais de Filosofia (UFSJ), São João Del-Rei, v. 2, p. 53-63, 1999.
Conhecer e agir sobre o véu de maia, sofrimento e servo arbítrio na filosofia de Schopenhauer. In: Ítaca (UFRJ), v. IX, p. 3, 2003.
“Quero, logo existo e o egoísmo na filosofia de Schopenhauer”. In: Ítaca (UFRJ), v. X, p. 2, 2008.
Afrocentricidade e Educação: princípios gerais para um currículo afrocentrado. In: Revista África e Africanidades, v. III, p. 01-18, 2010.
Racismo e biopoder: um caso no Rio de Janeiro contemporâneo. In: NGUZU: Revista do Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos, v. 1, p. 10, 2011.
“Denegrindo a Filosofia: o pensamento como coreografia”. In: Griot, v. 4, p. 1, 2011.
Ubuntu como modo de existir: elementos gerais para uma ética afroperspectivista. In: Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) - ABPN, v. 3, p. 147, 2012.
Denegrindo a educação: um ensaio filosófico para uma pedagogia da pluriversalidade. In: Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, v. 18, p. 62, 2012.
A ética da serenidade: O caminho da barca e a medida da balança na filosofia de Amen-em-ope. In: Ensaios Filosóficos, v. 1, p. 139-155, 2013.
O conceito de drible e o drible do conceito: analogias entre a história do negro no futebol e do epistemicídio na filosofia. In: Revista Z Cultural (UFRJ), v. VIII, p. 34, 2013.
O tabu da filosofia. In: Filosofia (São Paulo), v. 1, p. 45, 2014.
Capítulos de livros
Educação na filosofia de Platão: apontamentos para uma cidade ideal. In: HUSSAK, Pedro; RIZO, Gabriela. (Org.). Pensando a formação: escritos de filosofia e educação. Rio de Janeiro: NAU Editora; EDUR, 2009,
A doutrina da predestinação e a filosofia de Schopenhauer. In: PINHEIRO, Marcus; BINGEMER, Maria Clara. (Org.). Mística e Filosofia. Rio de Janeiro: Editora Uapê; Editora PUC-Rio, 2010.
O ensino de filosofia em afroperspectiva. In: CARVALHO, Carlos Roberto de; NOGUERA, Renato; SALES, Sandra Regina. (Org.). Relações Étnico-Raciais e Educação: contextos, práticas e pesquisas. Rio de Janeiro: Nau e Edur, 2013.
Um só rebanho e nenhum pastor: o último homem, sociedade de controle e superação. In: GARCIA, Gabriel Cid de (Org.). Ciência em foco: pensar com o cinema. Rio de Janeiro: Casa da Ciência/Garamond, 2013, vol.2.
Ensino de Filosofia: história e culturas africana, afro-brasileira e indígenas. In: MONTEIRO, Roana Batista (Org.). Práticas pedagógicas para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena no ensino médio: sociologia, história, filosofia e geografia. Porto Alegre: Evangraf, 2013.
Um sorriso negro: Dona Ivone Lara e a ética de filosofar com o tamborim. In: NOGUERA, Renato; SILVEIRA, Ronie; SCHAEFER, Sérgio (Org.). O Samba e a Filosofia. Curitiba: Primas, 2014.
Contra o (maior) tabu da Filosofia: ensino de Filosofia e os 10 anos da Lei 10639/03. In: COELHO, Wilma de Nazaré B.; SANTOS, Raquel A.; SILVA, Rosângela Maria de Nazaré B.; SOUZA, Simone de Freitas C. (Org.). A lei n 10639/2003. Belém: Livro da Física, 2014.
Resumos expandidos e publicados em anais
A Negação do Querer-viver em Schopenhauer. In: Semana de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ, 1996. Semana de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ.
Crítica à Ética de Kant. In: II Encontro de Filosofia Contemporânea, 1998, São João Del-Rei. Anais do II Encontro de Filosofia Contemporânea, 1998.
Aula de Filosofia para Ousar a Utopia. In: Congresso Internacional de Filosofia com crianças e jovens - IX Encontro do ICPIC (Internacional Council for Philosophical Inquiry for children), Brasília, 1999.
A Insustentabilidade do Livre-arbítrio na filosofia de Schopenhauer. In: III Encontro de Filosofia Contemporânea. São João Del-Rei, 2001.
Filosofia para Criança. In: Semana FAFIC. Anais da Semana FAFIC, Cataguases, 2001.
O Papel da Filosofia no Ensino Médio: Dramatizando a Crítica. In: IV Encontro Nacional de Educação para o Pensar. Recife, 2001.
Aprendendo Filosofia com Cinema: Relações entre Alegoria da Caverna e Matrix. In: I Simpósio sobre o Ensino de Filosofia da Região Sudeste. Piracicaba, 2002.
Conhecer e Agir sobre o Véu de Maia: servo-arbítrio e sofrimento na filosofia de Schopenhauer. In: Seminário dos alunos de pós-graduação em Filosofia da UFRJ. Rio de Janeiro, 2002.

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